Ansiedade

Quando a ansiedade vira problema?

Ansiedade

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A ansiedade e o medo fazem parte do ser humano. São instintos essenciais na nossa evolução, já que nos ajudam a identificar e lidar com situações de risco.

“Medo é a resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.”

[Manual Diagnóstico e Estatístico De Transtornos Mentais (DMS-5) – American Psychiatric Association.]

Mas até que ponto esses sentimentos são saudáveis? Qual é o momento de ligar o alerta e buscar auxílio profissional?

Transtornos de ansiedade:

Os diversos transtornos de ansiedade existentes têm em comum a junção do medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Entre as diferenças, estão os motivos que causa o aumento da ansiedade. Podem ser objetos ou situações, como no caso das fobias. A ansiedade deve ser sinal de alerta quando ela é excessiva na reação ao objeto ou situação que causa angústia, não só na intensidade como na duração. Podem causar sintomas físicos, como dores musculares, dores de cabeça, enjoo, gastrite, diarréia, tonturas, tremores, formigamentos, palpitação, falta de ar dentre outros. Sentimentos de insegurança inapropriados, medos excessivos e angústia frequentemente também estão presentes.

Os transtornos de ansiedade conhecidos são: fobia social, transtorno de pânico, agorafobia, transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento, transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia específica e, o que vamos abordar neste artigo, o transtorno de ansiedade generalizada.

Transtorno de Ansiedade Generalizada:

Também conhecido como TAG, o transtorno de ansiedade generalizada tem como principais características a ansiedade e preocupação excessivas e persistentes sobre várias situações ou objetos. É comum que quem sofra com TAG tenha sintomas como tensão muscular, irritabilidade, sensação de fadiga, dificuldade de concentração e problemas de sono. Para a pessoa ser considerada com TAG, os sintomas têm que estar ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses e atrapalhando em diversas situações ou atividades, como desempenho escolar ou profissional, e sentir dificuldade para controlar esses sintomas.

Para quem sofre de transtorno de ansiedade generalizada, os sintomas causam incômodo e sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Além dessas características, o TAG conta com três (ou mais) dos sintomas abaixo, com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses (Apenas um item é exigido para crianças):

  1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.

  2. Fadiga ou cansaço excessivo

  3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.

  4. Irritabilidade.

  5. Tensão muscular.

  6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).

Nesse transtorno, os sintomas não são atribuídos à outra condição médica ou como efeito colateral de alguma substância, lícita ou ilícita, já que alguns remédios ou interação deles com outras substâncias podem apresentar ansiedade como efeitos colaterais, o que pode caracterizar transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento.

O transtorno ansioso generalizado é apenas determinado caso a pessoa também não se encaixe em outros transtornos mantais, como transtorno de pânico, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de estresse pós-traumático, anorexia nervosa, transtorno de sintomas somáticos, transtorno dismórfico corporal, transtorno de ansiedade de doença, esquizofrenia ou transtorno delirante.

Porém, mesmo que a pessoa não se qualifique para algum diagnóstico de ansiedade, a presença de algum desses sintomas a ponto de atrapalhar o dia a dia dela, deve ser avaliado para identificar causas e reduzir riscos de piora.

Por isso, na dúvida, consulte um psiquiatra para uma avaliação segura. Saúde mental não deve ser negligenciada.

Fonte: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 / American Psychiatric Association – 5. ed., 2014

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